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OBELISCO 250 ANOS


Tóride Sebastião Celegatti nasceu no dia 08 de fevereiro de 1937, em Mogi Mirim, onde viveu por 83 anos.

Era filho de Melaíde de Souza Celegatti e de Benedito Celegatti. Estudou até o quarto ano primário no então Grupo Escolar “Coronel Venâncio”. Já nessa época, para ajudar com as despesas da casa, carregava as malas dos passageiros que chegavam à estação ferroviária, levando-as até o Hotel Brasi, entregava roupas lavadas para o tintureiro Sebastião Cortes e, para o industrial Estanislau Krol, fazia a lavagem dos recipientes a serem utilizados. Foi nessa época também que ele conseguiu seu primeiro emprego fixo como ajudante de sapateiro.

Terminados os estudos primários e sempre procurando conseguir salários melhores, trabalhou na tipografia do Sr. Adib Chaib, na “Casa Cardona”, na fábrica de para-raios de Gino Balestro e depois na “Industria Eletrônica Balestro”, fundada por Gino.

A partir de 1956, trabalhou como torneiro mecânico, em diversas indústrias de Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Paulínia.

Em 1991, montou sua própria empresa, uma oficina para serviços mecânicos. Para expandir seu espaço físico, instalou sua empresa mais tarde no Distrito Industrial José Marangoni. Essa oficina tornou-se, depois, a “Tóride Indústria e Comércio Ltda”, empresa que atualmente tem à frente seus filhos Paulo e Tóride Filho. Aposentou-se em 1991.

ARTES

Ainda criança, Tóride demonstrava sua tendência para as artes. Seus desenhos e sua criatividade eram reconhecidos e elogiados por seus professores, na época do grupo escolar.

Adolescente, já desenhava com perfeição, fazia pintura em tela e cenário para peça teatral. Apesar de trabalhar muito para manter a família, sempre encontrava tempo necessário para o trabalho artístico.

Teve diversos alunos de pintura, dentre eles, muitas crianças.

Participou de diversas exposições de arte, como expositor e também como juiz.

Tóride era desenhista, pintor e escultor. Era um mestre em trabalhos de marchetaria em madeira. Construiu caixas, oratórios, rádios, fonógrafos e instrumentos musicais.

Era também miniaturista. Entre outras peças, reproduziu perfeitamente a miniatura de uma locomotiva, seguindo um modelo inglês. Conseguiu também fazer com que a locomotiva funcionasse perfeitamente. Essa peça foi premiada em um concurso realizado em Buenos Aires.

Tóride, pelas pesquisas que fazia, por suas vivências e ainda através de depoimentos de pessoas amigas, conhecia a fundo a história de Mogi Mirim. Para todas as pessoas que precisavam de dados sobre a cidade, era ele a pessoa recomendada.

Grande parte dos quadros que pintava referia-se a personagens e a locais da cidade.

 

Saiba mais:

Publicou os livros “Mogi Mirim Viagem ao Passado” e “Mogi Mirim Retratos de uma Época”. Um exemplar de cada um deles faz parte hoje do acervo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.

As maquetes que construiu, reproduzem, com perfeição, aspectos da Mogi Mirim antiga.

Foi presidente e membro ativo do “Centro de Documentação Histórica Joaquim Firmino de Araújo Cunha” (CEDOCH), DE Mogi Mirim. Doou em 2009 a essa entidade, o retrato de seu patrono, pintado por ele.

Duas de suas telas, retratando aspectos da Mogi Mirim antiga, foram doadas aos então Governadores José Serra e Geraldo Alckmin, durante suas visitas à cidade. Atualmente, ambas fazem parte do acervo do Palácio do Governo do Estado de São Paulo.

Contribuiu com todas as fotos do livro comemorativo do Primeiro Congresso Eucarístico de Mogi Mirim. Seu acervo de fotos era, por sinal, admirável.

Dizia sempre “tudo o que faço é pela cultura de Mogi Mirim”.

Esta homenagem que é hoje prestada a ele e, todas as demais que já foram feitas são, portanto, mais do que justas.

Na lembrança de todos os que o conheceram, com certeza, ficará a imagem da pessoa amável, bem-humorada e prestativa que ele foi.

 

Referência:

Maria Elizabeth Ceregatti Zingra, escritora da Biografia de Tóride Sebastião Celegatti, lançamento em 02/03/2018.



 


Tóride Sebastião Celegatti.jpg

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